Auditoria da Pesca 2022
A Ciência como base para a gestão da pesca
ESTOQUES:
Dos 135 estoques pesqueiros pesquisados, 51% têm seu status desconhecido. O valor representa um salto de 8 para 66 espécies conhecidas (49%), em relação à Auditoria de 2021. No entanto, entre elas, 67% estão sobrepescadas, isto é, com a população abaixo dos níveis seguros do ponto de vista biológico; e 27% seguem sofrendo sobrepesca, isto é, com níveis de mortalidade por pesca acima da capacidade de reposição natural da biomassa extraída.
Do conjunto analisado, apenas 6 estoques pesqueiros (ou 4% do total) explorados comercialmente pela frota brasileira possuem algum limite de captura: tainha, albacora bandolim, albacora laje, albacora-branca e espadarte. Mantendo os valores encontrados no ano anterior, somente 10 espécies estão contempladas em Planos de Gestão.
PESCARIAS:
Cerca de 88%, ou 43 das 49 pescarias do Brasil analisadas, possuem alguma medida de ordenamento pesqueiro. No entanto, deste total, apenas a metade (25 pescarias, ou 51% do total) apresentam medidas amplas o suficiente para o indicador. Sobre as demais pescarias que ocorrem na costa do Brasil, não há nenhum dado sendo coletado por programas de monitoramento pesqueiro. Vale destacar ainda que, assim como nos anos anteriores, o monitoramento a bordo por meio de observadores permanece inativo, não cobrindo atualmente nenhuma embarcação ou pescaria brasileira.