Museu do Amanhã avança no combate à poluição marinha por plástico - Oceana Brasil
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Museu do Amanhã avança no combate à poluição marinha por plástico

Projeto piloto com metodologia da Oceana irá eliminar itens de plástico descartável na instituição para reduzir impacto ambiental

Abril 1, 2022

O Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, iniciou um projeto para eliminar itens de plástico descartável, como copos, garrafas e sacolas do interior de suas instalações. A transição do museu para se tornar uma Zona Livre de Plástico (ZLP) acontecerá ao longo do ano de 2022 através da implementação de um plano com diversas ações que visam a substituição dos itens de plástico de uso único.

Com apoio técnico da Oceana, treinamentos já começaram a ser realizados, envolvendo os colaboradores do museu, com o propósito de estimular que a conscientização e a participação aconteçam de dentro para fora, passando pelos fornecedores, até chegar nos visitantes. O Instituto humanize apoia essa iniciativa do museu.

Museu do Amanhã, na Praça Mauá, no Rio de Janeiro.
Museu do Amanhã, na Praça Mauá, Rio de Janeiro. Foto: Rodrigo Soldon Souza | Flickr

Mais de um milhão de pessoas visitam anualmente o Museu do Amanhã, um espaço destinado às ciências aplicadas, que se propõe a explorar as oportunidades e os desafios atuais e futuros. A redução da poluição causada pelo plástico é um sério desafio global. Estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que, anualmente, cerca de 8 milhões de toneladas de lixo plástico chegam aos oceanos em todo o mundo.

De acordo com o estudo Um Oceano Livre de Plástico, realizado pela Oceana, somente o Brasil polui as águas marinhas com 325 mil toneladas de plástico por ano, a partir de fontes terrestres como disposição em lixões a céu aberto. Maior produtor da América Latina, o país produz anualmente cerca de 500 bilhões de itens plásticos descartáveis, o que corresponde a cerca de 15 mil itens por segundo.

Uma vez no mar, os plásticos descartáveis são uma severa ameaça para todas as espécies marinhas e para a natureza, de modo geral. Feito a partir do petróleo, o plástico nunca desaparece. Ele se divide em partículas cada vez menores, chamadas microplásticos, que já foram encontradas no sal, na água que bebemos e até na placenta, pulmão e sangue humanos.

“É urgente que o Brasil promova um futuro livre de plástico desnecessário. É essa mensagem que o Museu do Amanhã reforça ao decidir se tornar uma Zona Livre de Plástico”, afirma a gerente de campanhas da Oceana, Lara Iwanicki.

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As ZLPs são áreas onde não são fornecidos, comercializados ou utilizados itens de plástico de uso único, como copos, garrafas e sacolas. Nessas áreas, os plásticos descartáveis são substituídos preferencialmente por opções reutilizáveis, ou materiais alternativos, reduzindo assim o impacto desse material no meio ambiente. O conceito é empregado pela Oceana a nível global e, no Brasil, é peça-chave da campanha de Combate à Poluição Marinha por Plásticos.