Conferência dos Oceanos da ONU e os desafios para a proteção da vida marinha - Oceana Brasil
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Conferência dos Oceanos da ONU e os desafios para a proteção da vida marinha

Oceana denuncia sobrepesca e poluição como problemas emergenciais a serem enfrentados

Junho 30, 2022

Foto: Carlos Costa / AFP

A Oceana esteve presente na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, realizada entre 27 de junho e 01 de julho em Lisboa, com o objetivo de colaborar com as discussões e levantar pontos cruciais para a proteção do ambiente marinho global.

O time da organização na Conferência foi formado pelo presidente Jim Simon, pela cientista-chefe Kathryn Matthews, pela diretora-sênior de advocacy para a Europa, Vera Coelho e pela diretora de campanhas, Vanya Vulperhorst.

Para a Oceana, os pontos principais a serem discutidos no evento são: soluções oceânicas para a crescente crise climática, a importância da abundância de espécies nos oceanos para alimentar a população mundial, a necessidade de aumentar a transparência das embarcações de pesca nos oceanos, a urgência do fim da produção e uso de plásticos descartáveis não necessários e os impactos dos métodos predatórios de pesca.

Para Kathryn Matthews, a situação atual é de alto risco. “Temos tirado muito mais peixes e colocado muita poluição nesse ambiente. Pelo menos um terço dos estoques de peixes estão sobrepescados e menos de 10% do oceano está protegido. Enquanto isso, dois caminhões de lixo são despejados nos oceanos a cada minuto. Mesmo tendo feito tanto por nós em absorver muito do excesso de calor causado pelos impactos das mudanças climáticas, os oceanos passam agora por um aquecimento de suas águas, aumento de nível e acidificação, colocando comunidades e a vida marinha em risco. Barcos de pesca predatória e ilegal constantemente operam em situação de impunidade”, resume.

Mas, para ela, a boa notícia é que já se sabe o que é preciso ser feito para rever esse processo. “Nossos líderes mundiais devem agir para acabar com a sobrepesca e os subsídios prejudiciais que a financia, proteger pelo menos 30% dos oceanos, reduzir a emissão de gases de efeito estufa, aumentar a transparência da pesca e acabar com a produção de plásticos de uso único desnecessários. Precisamos de mais do que falsas promessas e compromissos fracos de nossos líderes se quisermos salvar os oceanos”, avalia.

No Brasil, em parceria com o portal de notícias O Eco e com o podcast Vozes do Planeta, o time da Oceana trouxe ao público brasileiro alguns debates do evento mundial. Veja aqui alguns conteúdos publicados: