CPG Atuns e Afins recomenda mapas de bordo online
Junho 4, 2019
Aprovada proposta apresentada pela Oceana na 11ª reunião do Comitê Permanente de Gestão
A informatização dos mapas de bordo da pesca de atuns foi recomendada, por unanimidade, pelo Comitê Permanente de Gestão (CPG) de Atuns e Afins, que reúne representantes do governo, setor produtivo e sociedade civil. A proposta foi apresentada pela Oceana durante a reunião realizada nesta semana, nos dias 28 e 29 de maio, em Natal, Rio Grande do Norte. O grupo também aprovou o Plano de Gestão para Atuns e Afins.
Mapas de bordos são formulários com dados sobre os cruzeiros de pesca, que tem por finalidade o ordenamento pesqueiro, o monitoramento e a pesquisa. No documento são registrados, por exemplo, as áreas e artes de pesca, espécies capturadas e volumes desembarcados por cada embarcação. Atualmente, 30% das embarcações do Brasil devem entregar o documento obrigatoriamente. “O atual modelo que restringe o registro de todas essas operações em formulários de papel leva anos entre a entrega do formulário e a tomada de decisão – muitas vezes nem sendo considerados para tal”, afirmou o coordenador técnico da Oceana, Rodrigo Claudino.
No caso da pesca de atuns, a necessidade da informatização é mais urgente porque o Brasil precisa reportar as capturas à Comissão Internacional para a Conservação do Atum e Afins do Atlântico (ICCAT). A entidade é responsável por ordenar a pesca dos recursos migratórios de alto mar de todo o Oceano Atlântico e do Mar Mediterrâneo. Com os mapas de bordo em papel, o trabalho de recuperação e, consequentemente, o envio dessas informações é precário e lento.
A Secretaria da Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAP/MAPA) se comprometeu a construir o sistema de dados informatizado para a pescaria de atuns até o dia 30 de setembro deste ano.
A 11ª reunião do CPG de Atuns e Afins foi transmitida ao vivo pelos canais da Oceana Brasil nas mídias sociais. A transmissão faz parte da estratégia da organização para fortalecer a transparência e a participação social nos debates sobre proteção dos ecossistemas marinhos e promoção da pesca sustentável.