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É lançada a Expedição “Imappivut” para explorar habitats marinhos do Ártico

É possível acompanhar, pela internet, a jornada diária da expedição realizada pela Oceana Canadá

Agosto 26, 2019

Foto: Oceana Canada/Evermaven

Desde o dia 18, a Oceana, em parceria como governo de Nunatsiavut, percorre os mares de Labrador, no Canadá, para explorar habitats marinhos importantes ecológica e culturalmente para os membros da nação indígena Inuit. As conclusões da Expedição “Imappivut 2019” (Nossos oceanos, em Inuit) ajudarão a promover e apoiar os interesses da comunidade nas áreas costeiras e marinhas.

Durante dez dias a bordo do navio de pesquisa “Leeway Odyssey”, a equipe coletará dados sobre importantes espécies de peixes, como a truta do ártico, e habitats em baías costeiras e fiordes – incluindo florestas de kelp, recifes rochosos que abrigam corais e esponjas, e áreas cercadas por gelo marinho.

A expedição documentará ecossistemas de mar profundo usando um veículo operado remotamente, câmeras com iscas de lula e testes de DNA Ambiental (e-DNA), que identificam espécies que vivem naquele ambiente. Serão coletadas, ainda, informações sobre a vida marinha visível da superfície do mar, como baleias, focas e aves marinhas.

No decorrer da pesquisa, os cientistas da Oceana divulgarão as experiências no Fiorde de Saglek, localizado ao sul do Parque Nacional das Montanhas Torngat, em Hebron e Okak. A expedição também passa pelas baías e ilhas ao redor de Nain, onde vive a maior comunidade da área de Nunatsiavut. Essas áreas são importantes para a comunidade Inuit de Nunatsiavut por razões alimentares, sociais e cerimoniais.

Jornada diária

“Os oceanos enfrentam graves ameaças ambientais, por isso é importante divulgar as conclusões da ciência de maneira que as pessoas apoiem a conservação marinha. É possível acompanhar a jornada diária da expedição por meio de atualizações em fotos e vídeos sobre ambientes oceânicos importantes,sendo possível conhecer cientistas e membros da comunidade que estão conectados a esses lugares especiais”, informa o diretor científico da Oceana no Canadá, Robert Rangeley. Para isso, basta acessar o site protectoceans.ca

Rangeley defende que é fundamental compreender os oceanos, que estão cada vez mais ameaçados por mudanças climáticas e atividades humanas, e os conservar, em benefício deles próprios e das pessoas que dependem deles. “Ao combinar o conhecimento da comunidade com dados científicos, podemos avançar na conservação marinha”, pontua.

Além de pesquisar a vida marinha, a equipe poderá identificar materiais arqueológicos, pois há  uma rara oportunidade de olhar sob as águas  da baía de Hebron. Ex-moradores estarão na região para contar histórias sobre a importância dos inuítes. Nos últimos dias da expedição, membros da comunidade de Nain visitarão o Leeway Odyssey para assistir ao vivo à exploração subaquática de uma área conhecida pela caça e pesca. 

Proteção dos oceanos

As temperaturas no Canadá estão subindo duas vezes mais rápido que o resto do mundo, e no Ártico, três vezes mais rápido. Portanto, proteger áreas de importância ecológica e cultural é essencial para a saúde do oceano no longo prazo e para as muitas pessoas que dependem dele.

As mudanças no gelo marinho devido ao aquecimento do clima no Ártico afetam tanto os seres humanos quanto a vida selvagem. Estações geladas mais curtas, reduzem o tempo

de caça e pesca para o povo Inuit afetando importantes fontes de alimentos. Mudanças no gelo marinho também implicam riscos para os animais que dependem do habitat para procriação e alimentação.

Para acompanhar a expedição Imappivut, acesse protectoceans.ca