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EUA reduzirá plástico descartável em parques nacionais e espaços públicos

Governo estadunidense finaliza planos de combate à poluição, que visam reduzir a venda e a distribuição de descartáveis na próxima década

Outubro 9, 2023

A poluição por plásticos é a 2ª maior ameaça ambiental ao planeta, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Foto: Oceana / Enrique Talledo.

O Departamento do Interior dos Estados Unidos anunciou, no final de setembro, que eliminará, gradualmente, plásticos descartáveis de parques nacionais e espaços públicos na próxima década.

A diretora da campanha de combate à poluição por plásticos da Oceana nos Estados Unidos, Christy Leavitt, comemorou o compromisso e cobrou maior celeridade do governo quanto à implementação dos planos de combate à crise plástica.

“Todos os anos, milhões de pessoas visitam os nossos preciosos parques por sua beleza natural, sua história e sua cultura, e essa experiência é marcada pela poluição plástica que polui a paisagem e prejudica a vida selvagem. Os plásticos descartáveis não têm lugar nos nossos espaços públicos”, declarou Leavitt.

As medidas anunciadas pelo Departamento do Interior visam eliminar gradualmente a venda e a distribuição de plásticos descartáveis, por meio da adoção de sistemas de recarga e reutilização, como a priorização de estações para recarga de garrafas de água.

Segundo a diretora de campanha da Oceana, essas medidas terão um impacto significativo sobre os oceanos, a vida selvagem e o clima, além de estabelecer padrões de exigência mais elevados para a redução dos plásticos por agências federais.

“O Serviço Nacional de Parques, o Serviço de Pesca e Vida Selvagem e outros órgãos dos Estados Unidos devem eliminar imediatamente os plásticos mais problemáticos, incluindo recipientes de isopor para alimentos e bebidas e sacolas plásticas. Proteger os parques nacionais dos plásticos é um passo importante em direção a um futuro livre dessa poluição, e quanto mais rápido, melhor”, concluiu Leavitt.

PARE O TSUNAMI DE PLÁSTICO

No dia 4 deste mês, o Projeto de Lei 2524/2022, apelidado de “PL do Oceano Sem Plástico”, foi pautado, pela primeira vez, pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. Construído de modo plural, por um conjunto de organizações de diferentes setores da sociedade civil, ele propõe um marco regulatório para a Economia Circular do Plástico no país, por meio de ações que buscam:

  1. Eliminar todos os itens plásticos desnecessários e problemáticos;
  2. Garantir que todos os itens plásticos sejam reutilizáveis, retornáveis, comprovadamente recicláveis ou compostáveis;
  3. Reconhecer o protagonismo de catadores e catadoras de materiais recicláveis na gestão de resíduos do país, e sua inclusão no Programa Federal de Pagamento por Serviços Ambientais.

“A poluição por plásticos já é uma crise global e precisa de soluções à altura, como é o caso do PL 2524/2022, que propõe uma redução na produção desse material no Brasil, o maior produtor da América Latina. Somente nosso país despeja 325 milhões de quilos de resíduos plásticos, anualmente, nos oceanos. É preciso mudar esta realidade. Precisamos, urgentemente, nos colocar ao lado das nações que trabalham para reduzir a crescente poluição por plásticos”, declara Lara Iwanicki, gerente de advocacy da Oceana.

No Brasil, com o objetivo de criar uma onda de mobilização pela aprovação do Projeto de Lei (PL) 2524/2022, a Oceana e mais de 70 outras organizações lançaram a campanha pública Pare o Tsunami de Plástico, que já conta com mais de 20 mil assinaturas.

Faça parte desse movimento você também! Assine a petição e confira o nosso vídeo-manifesto!