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iFood anuncia novas metas para redução do plástico descartável em toda sua operação

Signatária do compromisso público desde 2021, gigante brasileira do setor de delivery de alimentos anuncia plano para reduzir novas categorias de itens descartáveis

Outubro 26, 2022

Lançada no fim de 2020 e coliderada pela Oceana e o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), a campanha #DeLivreDePlástico desafiou os aplicativos de entrega de refeições a se comprometerem com a redução de plástico descartável nas suas operações. A demanda veio da sociedade. Uma pesquisa realizada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (IPEC), publicada em Abril de 2021, demonstrou que 72% dos consumidores gostariam de receber delivery de comida sem plástico.

Em agosto de 2021, o iFood, a maior empresa do setor de delivery de refeições no país, aderiu publicamente à campanha. Além de se comprometer em reduzir em 80% o envio de guardanapos, talheres, pratos, copos e canudos plásticos até 2025, o iFood também se comprometeu a desenvolver planos de trabalho, definir outras metas públicas para embalagens e adotar metas de transparência.

Agora, em outubro de 2022, a empresa acaba de ampliar as metas de redução com a inclusão de outras categorias de plástico de uso único – embalagens, sachês e sacolas plásticas. A partir de estudos internos, até 2025, o iFood se compromete em ter 100% dos restaurantes na plataforma dando a opção para os usuários selecionarem se desejam ou não receber sachês de condimentos com o pedido.

  • Reduzir em 50% o percentual de embalagens plásticas de uso único na sua operação, de 27% para 13,5%, tendo como base o volume gerado em 2021.
  • Reduzir em 23% o percentual de sacolas plásticas de uso único na sua operação, de 1,3% para 1%, tendo como base o volume gerado em 2021.

Até o final de 2022, a empresa também se compromete em implementar uma solução para redução de envio de sachês de condimentos para 5% da base de restaurantes e ter 100% das lojas próprias de mercado realizando entregas sem plástico. Ainda em 2022, vai garantir o uso de 500 mil embalagens sustentáveis por meio da venda direta via iFood Shop e/ou negociação direta com restaurantes parceiros, como piloto na implementação das embalagens livres de plástico no mercado.

O compromisso não para por aí – o iFood também apresentará um plano de expansão do uso de embalagens livres de plástico no próximo ciclo da campanha #DeLivreDePlástico, que ocorre em março de 2023, além de apresentar metas para inserção de embalagens retornáveis ou reutilizáveis nas operações.

PLÁSTICOS AUMENTARAM NA PANDEMIA

Em julho de 2022, o estudo  “O mercado de delivery de refeições e a poluição plástica”, desenvolvido pela consultoria econômica Ex Ante a pedido da Oceana, apontou que o consumo de itens de plástico descartáveis nesse segmento aumentou 46% entre 2019 e 2021, saindo de 17,16 mil para 25,13 mil toneladas. Juntos, os setores de alimentação para viagem e hotelaria demandaram um total de 154,1 mil toneladas de embalagens por ano entre 2018 e 2021, e seis mil toneladas por ano de canudos, copos, pratos e talheres de plástico para este mesmo período.

“A abordagem pela redução dos plásticos de uso único precisa ser vista como uma oportunidade para o desenvolvimento de negócios inovadores, novas tecnologias e mercados que favorecem a reutilização de embalagens, parte crucial da solução para a poluição plástica. Acreditamos que a responsabilidade de cada um dos atores na origem do problema pese também para o que oferecem para sua resolução”, observa a gerente de campanhas da Oceana no Brasil, a engenheira ambiental Lara Iwanicki.   

Lara destaca que não há mais como insistir que a poluição por plástico é uma responsabilidade só do consumidor. “Para que essas mudanças sejam viáveis, as empresas precisam escutar o chamado da sociedade e oferecer aos consumidores opções livres de plástico para seus produtos e embalagens, a um custo similar ou menor do que as embalagens hoje utilizadas. A oferta dessas alternativas por diversas empresas comprova não só a viabilidade como o interesse do consumidor por essa opção”, propõe.