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iFood é o primeiro aplicativo a se comprometer com a Campanha #DeLivreDePlástico

Agosto 17, 2021

O iFood se comprometeu publicamente a reduzir a oferta de itens plásticos descartáveis em seus serviços de entrega. No início desse mês (5/8), a foodtech líder da América Latina assinou o compromisso por um #DeLivreDePlástico, campanha coliderada pela Oceana e pela Campanha Mares Limpos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Lançada em dezembro de 2020, a iniciativa pede aos aplicativos de entrega de comida que promovam a redução da quantidade de plástico descartável que enviam aos consumidores. Entre abril e julho deste ano, cerca de 20 mil pessoas assinaram uma petição online de apoio à campanha.

De acordo com o documento assinado pelo iFood, as metas de redução estão distribuídas em três fases, sendo que até dezembro de 2021, 100% dos restaurantes parceiros terão a opção de não enviar descartáveis e até 2025, a empresa garantirá que 80% dos pedidos não enviarão guardanapos e talheres, pratos, copos e canudos plásticos. Além disso, serão desenvolvidos planos de trabalho com metas de redução para sacolas e embalagens descartáveis até março de 2022, e de inserção de embalagens reutilizáveis até março de 2023.

A empresa também se compromete a desenvolver planos de trabalho e definir outras metas públicas para a redução da oferta de sacolas e embalagens plásticas e a inserção de embalagens retornáveis nas entregas, além de adotar metas de transparência. Veja o compromisso completo no site do iFood.

“A assinatura desse compromisso é um importante passo no sentido da transição para entregas livres de plástico descartável. Agora é preciso foco na implementação das metas e que outros aplicativos também se comprometam para avançarmos nessa mudança”, destaca a gerente de Campanhas da Oceana, engenheira ambiental Lara Iwanicki.

O coordenador da campanha Mares Limpos do PNUMA, Vitor Leal Pinheiro, reforça a responsabilidade das empresas de entrega de refeições em promover a redução da poluição por plástico. “Os aplicativos precisam usar sua capacidade de influência e tecnologia para reduzir a poluição por plástico intensificada pelas suas plataformas. Dessa forma, interrompemos o fluxo de plástico que acaba vazando para o meio ambiente e muitas vezes chega ao Oceano”, afirma Vitor.

“Pedi comida e não plástico”

Em março, pesquisa realizada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), atendendo a uma solicitação da Oceana e do PNUMA, mostrou que 7 em cada 10 consumidores querem receber seus pedidos sem plástico descartável. Além disso, 15% já deixaram de solicitar o serviço por se sentirem incomodados pela quantidade de plásticos enviados junto com a refeição.

São produzidos no país anualmente 3 milhões de toneladas de plásticos de uso único, dos quais 13% são produtos como pratos, copos, talheres, sacos plásticos e canudos. Esse percentual equivale a cerca de 500 bilhões de itens descartáveis por ano. A maioria desses itens não é reciclada, pois não tem valor econômico para a cadeia de reciclagem e, portanto, transforma-se em lixo e poluição.

O Brasil despeja anualmente mais de 325 mil toneladas de lixo plástico no oceano, agravando um tipo de poluição que, além dos impactos ambientais, também traz consequências negativas para a atividade pesqueira e para o setor turístico, de acordo com o estudo Um Oceano Livre de Plástico, publicado pela Oceana.