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Peru sedia congresso latino-americano de áreas protegidas

Outubro 11, 2019

Foto: Eduardo Sorensen / Oceana Peru

A terceira edição do Congresso de Áreas Protegidas da América Latina e Caribe (Caplac) será realizada entre os dias 14 e 17 de outubro, em Lima, no Peru. Quase 3 mil especialistas de 25 países são esperados para o evento, que terá como tema “Soluções para o bem-estar e o desenvolvimento sustentável”.

O Congresso é um espaço para intercâmbio de experiências e debate sobre a construção e implementação de políticas públicas, além de ter um viés acadêmico. Participam autoridades governamentais, organismos multilaterais, lideranças de comunidades locais e povos indígenas, organizações da sociedade civil e instituições do setor privado.

Criado em 1997 pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e sua Comissão Mundial de Áreas Protegidas (CMAP), o evento também busca promover melhor gestão das áreas protegidas para a sociedade. As edições anteriores foram realizadas em Santa Marta, na Colômbia (1997), e em Bariloche, na Argentina (2007).

Entre as expectativas desta edição está a de incorporar o “Compromisso de Sidney” e levar uma posição regional ao próximo Congresso Mundial de Conservação da UICN, em 2020. Esse pacto, firmado em 2014 no Congresso Mundial de Parques, lista uma série de orientações para o equilíbrio entre o desenvolvimento humano, a conservação da natureza e os modos de vida tradicionais.

Peru e Brasil

O Peru, como país anfitrião, irá compartilhar suas experiências em áreas marinhas protegidas e as estratégias de adaptação e mitigação em mudança do clima. O país protege, atualmente, quase todas as suas ilhas e penínsulas importantes. No entanto, essas áreas protegidas representam cerca de 0,5% do domínio marítimo.

Na esfera da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), as Metas de Aichi recomendam que pelo menos 10% da área marinha de cada país esteja protegida até 2020.   

O Brasil, com reconhecida liderança na agenda global desde 1992, registrou, na última década, a expansão do Sistema Nacional de Áreas Protegidas. O país tem hoje 18% dos ecossistemas terrestres e 26% dos marinhos em áreas de proteção.

O salto foi dado em 2018, com a instituição de duas grandes Áreas de Proteção Ambiental – a APA dos arquipélagos São Pedro e São Paulo, em Pernambuco, e APA Trindade e Martim Vaz, no Espírito Santo. Com a proteção desses arquipélagos, todas as ilhas oceânicas brasileiras, que incluem também as ilhas de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas, passaram a ser protegidas por unidades de conservação.

Com informações da Oceana Peru